PREVALÊNCIA E ADESÃO AO TRATAMENTO DE PSICOFÁRMACOS NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE DE RIBEIRÃO PRETO – SP

Autores

  • Iahel Manon de Lima Ferreira
  • Manuela Roque Siani Morello
  • Marcela Jirón
  • Leonardo Régis Leira Pereira

Palavras-chave:

Prevalência de psicofármacos, Adesão ao tratamento medicamentoso, Farmácia Comunitária, Sistema Público de Saúde.

Resumo

Introdução e objetivos: Embora o elevado uso de psicofármacos seja um conhecido problema de saúde pública, existem poucos dados no Brasil sobre sua utilização. O objetivo desse estudo foi determinar a prevalência do uso de psicofármacos, a principal categoria da Classificação Anatômico Terapêutica Química (ATC) consumida e a adesão ao tratamento medicamentoso. Metodologia: Em um estudo transversal foram entrevistados 1280 voluntários enquanto esperavam para retirar seus medicamentos nas farmácias do Sistema Público de Saúde de Ribeirão Preto (604.682 habitantes), entre agosto-dezembro/2012. A classificação dos foi realizada segundo a ATC e a adesão ao tratamento medicamentoso foi avaliada pelo Teste de Morisky. Resultados e discussões: Dentre os pacientes entrevistados, 862 (67,3%) era mulheres e a idade média foi de 54,2 anos. A prevalência do uso de psicofármacos foi de 400 pacientes (31,3%), a maioria dos usuários eram mulheres (82,2%) e o principal grupo ATC consumido foi dos antidepressivos (53,1%). A adesão ao tratamento com psicofármacos foi elevada para 434 pacientes (33,9%), intermediária para 690 pacientes (53,9%) e baixa para 156 pacientes (12,2%); mostrando que existe um elevado consumo de psicofármacos, principalmente antidepressivos, e em geral, uma adesão intermediária ao tratamento medicamentoso. Conclusões: O alto consumo de psicofármacos e os níveis intermediários de adesão ao tratamento com estes medicamentos sugerem a necessidade de intervenções educativas para sua melhoraria dos níveis de adesão. 

Referências

WHO. Adherence to long-term therapies: evidence for action. Geneva, 2003.

MORISKY, D. E., GREEN, L. W., LEVINE, D. M. Concurrent and predictive validity of a self-reported measure of medication adherence. Med Care, v. 24, n. 1, p. 67-74, 1986.

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