ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO ÁCIDO 3,4,5-TRIIDROXIBENZÓICO E DO ÁCIDO 3,4,5-TRIACETOBENZÓICO CONTRA DERMATÓFITOS

Resumo

Introdução e Objetivos: Falhas terapêuticas e fatores que facilitam a instalação de agentes causadores de infecções fúngicas são reconhecidas causas de morbidade em pacientes hospitalizados¹, portanto objetivou-se estudar a atividade antifúngica do ácido 3,4,5-triidroxibenzóico e um de seus modificados químicos, o ácido 3,4,5-triacetobenzóico. Metodologia: O ensaio de sensibilidade baseou-se no protocolo CLSI M38-A2 com pequenas modificações para determinação da Concentração Mínima Inibitória (CMI)^2,3 dos compostos contra cinco dermatófitos: Trichosporum rubrum, T. mentagrophytes, Epidermophyton floccosum, Microsporum canis e M. gypseum. Resultados e discussões: T. rubrum e T. mentagrophytes apresentaram valores iguais de CMI para ácido 3,4,5-triidroxibenzóico (64 µg/mL). E. floccosum foi a espécie mais sensível ao mesmo composto, com CMI equivalente a 32 µg/mL enquanto M. gypseum apresentou a maior CMI (256 µg/mL). Para ácido 3,4,5-triacetobenzóico a menor CMI foi 64 µg/mL para E. floccosum. O baixo valor de CMI do ácido 3,4,5-triidroxibenzóico encontrado na inibição do crescimento fúngico destaca este composto como potencial candidato para estudos posteriores. A molécula modificada - o 3,4,5-triacetobenzóico - mostrou-se menos ativo que o composto original. Conclusões: Os dois compostos apresentaram atividade anti-dermatofítica, porém o ácido 3,4,5-triidroxibenzóico apresentou maior eficácia na inibição dos fungos avaliados do que o composto derivado.