AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE REMOÇÃO DE HORMÔNIOS SINTÉTICOS PELO FUNGO TRAMETESVILLOSA

Autores

  • Jhéssica Cavalcante de Souza Golveia
  • Luane Ferreira Garcia
  • Mariângela Fontes Santiago

Palavras-chave:

Basidiomicetos, biorremediação, efluente

Resumo

Introdução e objetivos: Nos últimos anos, resíduos de indústrias farmacêuticas foram gerados e lançados no meio ambiente, causando-lhe impacto. Os hormônios sintéticos são um exemplo de moléculas estáveis que não são removidas pelos tratamentos tradicionais e acumulam-se no ambiente, atuando como desreguladores endócrinos em espécies animais. Estudos mostram a capacidade de fungos do gênero Trametes sp em remover poluentes por adsorção, degradação através de enzimas ligninolíticas ou por sistemas de oxidação alternativos (citocromo P450).1 O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade de remoção de  hormônios sintéticos pelo fungo Trametes villosa. Metodologia Os experimentos foram realizados em triplicata, com inoculação do fungo em  meio de cultura líquido  CBG (Caldo de Batata e Glicose), acrescido de solução 10 mg/L de cada hormônio. Em HPLC, os sobrenadantes obtidos após 15 dias de inoculação foram analisados para determinar a quantidade de hormônio antes e após o tratamento. Resultados e discussões: Obteve-se remoção dos hormônios Etinilestradiol, Acetato de Ciproterona e Gestodeno a níveis abaixo da capacidade de detecção do  HPLC.  Para o Levonogestrel, obteve-se 93,9% de remoção.  Não se detectou atividade de enzimas ligninolíticas, sugerindo envolvimento de sistemas oxidativos alternativos. Conclusões: A utilização deste fungo é um processo viável, acessível e de baixo custo para remover hormônios sintéticos presentes em efluentes de indústrias farmacêuticas. 

Referências

GIMENES, L. J. Biodegradação de pentaclorofenol por Trametes villosa (Sw.) Kreisel: análises bioquímicas e moleculares. Tese de Doutorado. Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo, 2011.

Downloads