USO NÃO LICENCIADO E NÃO INDICADO DE MEDICAMENTOS EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

Autores

  • Anna Paula de Sá Borges
  • Leonardo Régis Leira Pereira

Palavras-chave:

Criança, uso não licenciado, uso não indicado, farmacoepidemiologia, ANVISA, FDA.

Resumo

Introdução e objetivos: Aproximadamente apenas um terço dos medicamentos utilizados em crianças tem sido estudado de forma adequada e apresentam informações sobre eficácia e segurança. Dessa forma, grande parte da população pediátrica utiliza medicamentos classificados como uso não licenciado e uso não indicado. Métodos: O presente estudo analisou as prescrições medicamentosas realizadas para crianças hospitalizadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo, com a finalidade de estabelecer o perfil de utilização de medicamentos de acordo com os critérios de aprovação e indicação da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e da Food and Drugs Administration (FDA). Através do banco de dados informatizado, foram analisadas todas as prescrições medicamentosas a crianças menores de doze anos durante um ano. As apresentações farmacêuticas foram classificadas em uso: licenciado, não licenciado – registro, indicado, não indicado, não licenciado – dispersão e licenciado/indicado de acordo com a ANVISA e FDA. Resultados e discussão: Durante o período analisado, foram identificados 6948 pacientes e 617 apresentações farmacêuticas distintas. Em relação ao uso não licenciado – registro 1,1% e 14,9% das apresentações farmacêuticas assim foram classificadas de acordo com a análise da ANVISA e FDA, respectivamente. O uso não indicado esteve presente em 36,5% e 37,3% de acordo com a ANVISA e FDA, respectivamente. Conclusão: Este trabalho ressalta a necessidade em se estabelecer um consenso sobre a classificação de uso dos medicamentos na população pediátrica entre os países, além de enfatizar a necessidade de aumentar a realização ensaios clínicos nesta população.

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