ANÁLISE DE PEÇAS PUBLICITÁRIAS DIRECIONADAS A PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA CIDADE DE ANÁPOLIS, GOIÁS
Palavras-chave:
indústria farmacêutica, profissionais da saúde, propaganda de medicamento, prescrição, dispensaçãoResumo
Introdução e objetivos: as indústrias farmacêuticas utilizam a publicidade de medicamentos como principal ferramenta de marketing. Contudo, essa publicidade pode interferir na prescrição e dispensação gerando graves consequências. O objetivo desse trabalho foi avaliar a propaganda/publicidade de medicamentos dirigidos a profissionais de sáude (médicos e farmacêuticos), em Anápolis, Goiás, a partir da legislação vigente. Metodologia: a captação das peças publicitárias irregulares foi realizada ao acaso, entre novembro de 2012 e março de 2013, analisadas através de um roteiro próprio, baseado na RDC nº96/2008. Resultados e discussões: foram analisadas 104 peças. 82,7% destinavam-se a médicos e 17,3% a farmacêuticos. Quanto à mídia 50,96% eram folderes e 40,03% revistas. 76,12 % eram medicamentos sob prescrição; 15,38% sob controle especial e 11,5% livres de prescrição. Dentre as principais infrações 63,50% referiam-se a propaganda enganosa, abusiva ou indireta; 29,8% ausência do modo de usar; 9,6% ausência da data de impressão; 6,7% ausência de reações adversas; 4,8% ausência de advertência e contra indicação; 1,9% exibidas inadequadamente, ausência de posologia e ausência de indicação terapêutica. Estudos demonstram que a qualidade do teor das propagandas de medicamentos é fundamental para transmitir ao profissional da saúde as informações necessárias alertando-os sobre benefícios e riscos dos medicamentos1,2,3. Conclusões: a monitoração, conscientização e medidas educativas são essenciais para garantir a exatidão das informações, no sentido de evitar danos a saúde.Referências
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Ciências Farmacêuticas
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