O PACTO PELA EDUCAÇÃO: O PROGRAMA DE GOVERNO COMO EXERCÍCIO DO BIOPODER
Palavras-chave:
Enunciado, Poder, Resistência, Biopoder, Pacto pela EducaçãoResumo
Este trabalho analisa o artigo de opinião Fazer diferente, escrito por Thiago Peixoto e vinculado no jornal O popular. O objetivo deste estudo é buscar contribuições da arqueogenealogia foucaultiana, para verificar o acréscimo crítico que esta teoria possibilita. Para tal, o artigo de opinião foi compreendido como um enunciado, uma vez que há uma materialidade que significa em relação a outros enunciados. Tal escolha permite verificar no artigo como discursos são colocados em contradição, com artifícios retóricos de trazer o adversário para o próprio campo, para em seguida derrotá-lo, enfatizando conclusões cujo interdiscurso tem o tom dos discursos de palanque em campanha política. Neste caso, a defesa do Pacto pela Educação, programa desenvolvido pelo autor na Secretaria da Educação, soma ao seu triunfo os dados do IDEB. Uma vez que o Pacto compreende uma série de medidas relativas à educação, as discussões em torno do exercício de poder/resistência, da sociedade disciplinar e da sociedade de controle tornam-se fundamentais para a análise. Por fim, a análise do biopoder toma lugar especial, já que o Pacto é aqui compreendido como uma forma sutil de exercício de poder sobre a vida no espaço escolar. O resultado deste estudo é que o acontecimento Pacto pela Educação, louvado no discurso de Thiago Peixoto, torna-se a partir da perspectiva arqueogenealógica foucaultiana, mais que um enunciado do poder, uma possibilidade de problematizar o biopoder, pela resistência.
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