A METATEXTUALIDADE LÚDICA EM A QUINTA HISTÓRIA, DE CLARICE LISPECTOR - THE LUDIC META-XTEXTUALITY IN A QUINTA HISTÓRIA, FROM CLARICE LISPCETOR
Palavras-chave:
Palavras-chave, Metaficção. Jogo. Metatextualidade lúdica. Clarice Lispector. - Keywords, Meta-fiction. Game. Ludic meta-textuality. Clarice Lispector.Resumo
Resumo: O presente estudo pretende discutir a presença da metatextualidade
lúdica no texto “A quinta história”, de Clarice Lispetor, publicado pela
primeira vez no livro Felicidade Clandestina, em 1971. Clarice, em seu
texto, apresenta cinco histórias diferentes, revelando o processo de escrita de
cada uma delas, o que Linda Hutcheon chama de mímese do processo. Esse
desnudamento promove uma intensa relação com o leitor. Como em um
jogo, a narradora mexe a primeira peça, elabora suas jogadas, deixa ser
observada pelo leitor, que recebe a vez de mexer as peças da narrativa. Essa
vez do leitor é evidenciada quando a narradora anuncia apenas o título da
quinta história, deixando a composição do restante da narrativa a cargo de
sua imaginação. O prazer da narrativa também é compartilhado com o leitor,
a quem é permitido participar do jogo. O questionamento da linguagem é
fenômeno recorrente na obra clariceana e esse aspecto é bastante explorado
na literatura moderna e pós-moderna. O texto metaficcional de Lispcetor
atende tanto a necessidade humana de jogo quanto a de contar histórias.
Palavras-chave: Metaficção. Jogo. Metatextualidade lúdica. Clarice
Lispector.
Abstract: This study discusses the presence of ludic meta-textuality in "A
quinta história," from the Brazilian writer Clarice Lispector, first published
in the book Felicidade Clandestina, in 1971. Lispector, in her text, presents
five different stories, revealing the process of writing in each one, what
Linda Hutcheon calls mimesis of process. This stripping/ revealing promotes
an intense relationship with the reader. Like in a game, the narrator moves
the first pointer, prepares next moves and allows to be observed by the
reader, who receives the turn to move parts of the narrative. This reader’s
turn is evident when the narrator announces only the fifth title of the story,
leaving the composition of the rest of the narrative to his/her
imagination. The narrative pleasure is also shared with the reader, who may
participate in the game. To question the language is a recurrent phenomenon
in Clarice’s works and this aspect is extensively explored in modern and
postmodern literature. Clarice’s meta-fictional text serves both to the human
need to play games as to storytelling.
Keywords: Meta-fiction. Game. Ludic meta-textuality. Clarice Lispector.
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