ALFABETIZAÇÃO E ORALIDADE: MARCAS ORAIS NAS PRODUÇÕES ESCRITAS

Autores

  • Évelin Fulginiti de Assis Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Luciana Piccoli Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

O processo de produção escrita em sala de aula de alfabetização, concomitante ao desenvolvimento de algumas estratégias didáticas, envolve aprendizagens referentes à leitura, escrita e oralidade. Este artigo consiste no recorte de uma pesquisa sobre tal tema, visando destacar como a oralidade pode provocar marcas nas produções escritas em uma turma de alfabetização da rede municipal de Porto Alegre. A investigação caracteriza-se como de abordagem qualitativa, do tipo análise documental, ancorada no estudo do Diário de Classe, produzido ao longo do Estágio Curricular realizado na sétima etapa do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Para tanto, foi necessário recorrer aos estudos da Dinâmica Discursiva do Escrever, objetivando compreender a origem da fala egocêntrica e seus reflexos na escrita das crianças com vistas à realização de análises sobre os textos dos sujeitos de pesquisa. As crianças, possivelmente, vocalizam suas falas egocêntricas durante a escritura. Sendo assim, destaca-se a influência da fala no processo de aquisição do sistema de escrita alfabética, de modo que a aprendizagem da escrita se dá apoiada na oralidade. As marcas orais passam a ser consideradas, então, indícios de que a criança está construindo conhecimentos sobre a escrita.

Biografia do Autor

  • Évelin Fulginiti de Assis, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
    Mestra em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.Tem graduação em Pedagogia pela mesma instituição.
  • Luciana Piccoli, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
    Professora adjunta da área de Formação Pedagógica e Linguagem do Departamento de Ensino e Currículo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguagem e Alfabetização (GEALFA) e do Grupo Interinstitucional de Pesquisa Alfabetização no Brasil: o estado do conhecimento (ABEC). Tem graduação em Pedagogia pela UFRGS (2003) e é doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação (2009) da mesma instituição.

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Publicado

2018-12-31

Edição

Seção

Tema livre