A LOUCURA, ENTRE O RISO E A SURPRESA
REPRESENTAÇÕES DO LEITOR INFANTIL E JUVENIL EM ADAPTAÇÕES DE DOM QUIXOTE
DOI:
https://doi.org/10.51913/revelli.v12i0.9480Resumo
Resumo: Este artigo objetiva apresentar uma análise discursiva das representações de leitura e do perfil leitor inscritos nos textos de três adaptações do clássico de Miguel de Cervantes “Dom Quixote de La Mancha”, a saber: “Vida e proezas de Dom Quixote” (1964), cujo adaptador é Erich Kästner, “Dom Quixote de la Mancha”, de Terra de Senna (198?) e “Dom Quixote”, do adaptador Orígenes Lessa (1972). Por se tratarem de publicações lançadas em décadas distintas, buscamos apresentar brevemente aspectos do contexto histórico dessas produções, das décadas de 1960 a 1980. Nos dedicamos especificamente a análise de uma estratégia de escrita, relativa à escolha lexical para a designação e qualificação da ‘loucura’, quando ela é referida nessas diferentes adaptações. Nas análises, observamos que houve uma progressiva simplificação lexical no modo como se aborda a ‘loucura’, bem como uma abordagem que se torna mais lúdica. Isso parece refletir uma mudança estrutural da própria escolarização da literatura infantil e juvenil do período, que, com a modernização e expansão do mercado editorial, criou e fomentou uma demanda escolar não negligenciável. Em nossa análise dessas variações lexicais relativas à ‘loucura’, buscamos depreender os efeitos de sentido distintos a cada escolha de sua substituição lexical por sinônimos que lhe equivalessem aproximadamente. Em nossa análise, nos pautamos, de modo geral, em princípios da Análise do discurso (Michel Pêcheux e Michel Foucault) e da História Cultural da escrita e da leitura (Roger Chartier).
Palavras-chave: Leitor infantil e juvenil. Adaptação. Cânones escolares. Dom Quixote.
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