METAMORFOSES DE UM CONCEITO:
O GÊNERO DE VIDA E OS PRIMEIROS ÍMPETOS DA FORMAÇÃO DAS REDES DE PRODUÇÃO GLOBAL
DOI:
https://doi.org/10.31668/revsap.v11i1.12400Resumo
Como a geografia é uma ciência interdisciplinar e holística, o presente artigo buscou referendar os estudos de autores que se notabilizaram pela condição de discípulos de Paul Vidal de La Blache como Pierre George, Pierre Monbeig e, sobretudo, Max Sorre. Elegemos a categoria gênero de vida enquanto parâmetro para o entendimento dos processos de adaptação, assimilação ou resistência frente aos apelos do mercado e à normatização dos padrões de vida, dos costumes e das formas de consumo da contemporaneidade. Tal propositura permitiu-nos falar ora em aproximações, ora em distanciamentos; ora em antecipações sugestivas de contiguidade teórica e metodológica, ora em idiossincrasias fincadas em crenças, valores e representações típicas de uma época; ora apontamentos de passos sólidos rumo à atual Rede de Produção Global (RPG), e, indubitavelmente, ora apego excessivo às singularidades dos modos de existência locais. Aferir possíveis impulsos da dinâmica inerente aos ritmos próprios dos gêneros de vida no curso da constituição das primeiras redes de produção global trouxe-nos um risco e um ônus. O risco foi o de levar a cabo um esforço que, caricaturalmente, poderia, ao fim e ao cabo, apresentar uma proposta de estudo que mais se assemelharia a uma aposta, uma vez que a literatura predominante já demarcava claramente a década de 1980 como o prelúdio das redes de produção global do que propriamente uma consideração consistente. Quanto ao ônus, cremos ter ficado explícito a maior relevância dada ao eixo gênero de vida em detrimento do eixo das redes de produção global. O aparecer meramente tangencial das redes de produção global foi proposital, pois esperamos voltar a essa temática o mais breve possível e perfazer o caminho oposto, isto é, dar maior centralidade à categoria RPG e, em contrapartida, recuperar o gênero de vida, desta vez na condição subsidiária.
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