UMA ANÁLISE SOBRE A FORMAÇÃO DE ILHAS DE CALOR EM CIDADES DE PEQUENO PORTE

Autores

  • José Ricardo Rodrigues Rocha Universidade Federal de Jataí
  • Washington Silva Alves Universidade Estadual de Goiás - Unidade de Iporá
  • Regina Maria Lopes Universidade Federal de Jataí
  • Divino José Oliveira Universidade Estadual de Goiás - Unidade de Iporá

DOI:

https://doi.org/10.31668/revsap.v11i2.14092

Resumo

: A formação de ilhas de calor é proveniente das alterações provocadas na superfície terrestre e, expressa maiores intensidades nos centros urbanos, a qual condiciona desconforto térmico para a população. Neste sentido, o objetivo deste trabalho consistiu em analisar as características espaciais da ilha de calor urbana em duas cidades, sendo Iporá (GO) pequena cidade e Jataí (GO) considerada como média. A pesquisa foi realizada durante um dia representativo da estação de inverno e da primavera de 2015. Os dados foram obtidos por meio de termohigrômetros Data Logger modelo HT-500 e HT-4000 distribuídos em cinco pontos em Iporá e sete pontos em Jataí. Após a coleta foram organizados em planilhas de cálculo para análise e interpolação sobre a base cartográfica da área urbana das cidades para representar a característica espacial da ilha de calor nas cidades de estudo. Os resultados demonstraram que os padrões de ocupação da malha urbana aliados aos fatores geoecológicos das cidades influenciaram diretamente nos valores registrados, sendo que as áreas com maior adensamento urbano tiveram as temperaturas do ar mais elevadas em relação as áreas com a presença de vegetação, que tiveram os registros das menores. A maior intensidade da ilha de calor ocorreu nas áreas com elevada densidade de ocupação e pouca arborização, nos horários de 19h e 20h, devido ao ganho de calor durante o dia pela radiação solar. A vegetação foi significante para a atenuação nos valores de temperatura do ar, sendo que em Jataí o P3 apresentou uma zona de frescor devido a vegetação nativa do Cerrado no centro da área urbana.

Biografia do Autor

  • Washington Silva Alves, Universidade Estadual de Goiás - Unidade de Iporá

    Graduado em Geografia pela Universidade Estadual de Goiás – Unidade de Iporá. Especialista em Gestão e Conservação do Meio Ambiente pela Faculdade Montes Belos. Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Goiás – Regional de Jataí. Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Jataí. Atualmente é professor do curso de Geografia da Universidade Estadual de Goiás – Unidade de Iporá e atua no estudo da variabilidade da precipitação pluviométrica, do Fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS), do clima de cidades e da variabilidade climática em bacias hidrográficas.

  • Regina Maria Lopes, Universidade Federal de Jataí

    Graduada em Licenciatura e Bacharelado Geografia (2003/2004), especialização em Educação e Meio Ambiente (2009) e mestrado em Geografia (2011) ambos pela Universidade Federal de Goiás. Doutorado em Geografia pela Universidade Federal da Grande Dourados (2018). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino e extensão em climatologia geográfica, pesquisas no monitoramento de clima urbano, bacias hidrográficas, áreas de conservação e topoclima. Docente dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Geografia desde 2018, colaboradora do PPGGEO/UFJ. Coordenadora do Parque da Ciência da UFJ/Gestão 2022/23, coordena o Grupo de Estudos e Pesquisa em Climatologia do Cerrado e o Laboratório de Climatologia da UFJ.

  • Divino José Oliveira, Universidade Estadual de Goiás - Unidade de Iporá

    Possui Doutorado em Geografia pela UFG-Regional Jataí (2021); Mestrado em Geografia pela UFG Regional Jataí-GO (2014); Especialista em Educação para Diversidade e Cidadania pela UFG-Faculdade de Direito (2012). Especialista em Desenvolvimento Regional e Planejamento Turístico pela UEG (2006). Graduado em Geografia pela Universidade Estadual de Goiás (2002). É professor na UEG-UnU Iporá desde 2007. Atualmente é coordenador setorial do curso de Geografia da UEG-Unidade de Iporá.

Publicado

2023-06-13

Edição

Seção

Artigos