Desconstruindo o discurso de legitimação da produção brasileira de commodities agrominerais a partir da celulose
Resumo
Resumo
Nos últimos anos, o Brasil tem se destacado enquanto produtor e exportador de commodities agrominerais altamente intensivas em recursos territoriais e de baixo valor agregado, a exemplo da celulose. Entre os principais argumentos favoráveis a esse tipo de especialização produtiva e da pauta de exportação nacional estão o princípio novo-desenvolvimentista da geração de superávits na balança comercial e as ideias de necessidade global e vocação natural do Brasil, em função das vantagens comparativas que possui, além da vinculação entre o segmento em questão e a sustentabilidade ambiental. O objetivo do presente artigo é apresentar antíteses a tais teses, demonstrando sua vinculação com antigas teorias de inspiração liberal (malthusianismo e teoria das vantagens comparativas), bem como alguns de seus maiores contrassensos e limites intrínsecos.
Palavras-chave: Commodities. Celulose. Novo desenvolvimentismo.
Abstract
In recent years, Brazil has excelled as a producer and exporter of agrominerals commodities highly intensive in territorial resources and low value-added, such as the cellulose. Among the main arguments in favor of this type of production and national export basket specialization are the new developmentalist principle of generating trade surpluses and the ideas of global need and natural vocation of Brazil, according to the comparative advantages it has, and the linking between the segment in question and environmental sustainability. The purpose of this paper is to present the antithesis to such theories, showing their relationship to ancient theories of liberal inspiration (Malthusianism and theory of comparative advantages), as well as some of its larger contradictions and intrinsic limits.
Keyword: Commodities. Pulp. New developmentism.
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