MINERAÇÃO E FRATURA SOCIOMETABÓLICA DE TERRITÓRIOS COMUNITÁRIOS EM GOIÁS, BRASIL

Autores

  • Ricardo Junior de Assis Fernandes Gonçalves Universidade Estadual de Goiás - Campus Iporá

Resumo

Resumo

A territorialização de um grande projeto de mineração em determinado espaço pode transformar radicalmente as paisagens, as relações de trabalho e os modos de vida locais. Neste sentido, a presente pesquisa apresenta as implicações espaciais da mineração em grande escala em territórios tradicionalmente ocupados por camponeses nos municípios de Catalão e Ouvidor, localizados no Sudeste de Goiás, Brasil. Para isso, analisou-se o caso da Comunidade Chapadão, uma Comunidade Camponesa que desapareceu com a abertura de uma mina a céu aberto entre os municípios a partir dos anos 1970. A metodologia contou com pesquisa de campo, entrevistas e usos da história oral. Os resultados revelam as implicações territoriais do modelo mineral controlado por grandes empresas, dependente do uso intensivo de água, energia e força de trabalho, sublinhado pela pilhagem das paisagens naturais e expropriação dos sujeitos dos espaços locais. Finalmente, constatou-se que as práticas de exploração extrativista mineral e seus impactos expõem a drástica fratura sociometábolica dos territórios comunitários em Goiás.

Palavras-chave: Comunidade Chapadão. Mineração. Território. Pilhagem.

Biografia do Autor

  • Ricardo Junior de Assis Fernandes Gonçalves, Universidade Estadual de Goiás - Campus Iporá
    Professor Doutor do Curso de Geografia da Universidade Estadual de Goiás - Campus Iporá.

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Publicado

2018-12-28

Edição

Seção

Artigos