Da construção de Brasília ao processo de constituição de sua Região Integrada de Desenvolvimento: as pesquisas oficiais e a (des)ordem instituída
Palavras-chave:
Brasília, Pesquisa, Tempo, EspaçoResumo
Ao analisar o processo de produção do espaço urbano da nova capital brasileira percebemos que os fragmentos territoriais produzidos à margem das iniciativas oficiais ocuparam uma posição secundária na agenda dos construtores e idealizadores de Brasília. Assim, ocorreu uma progressiva expansão de ações improvisadas, individuais e desordenadas no interior e no entorno de um território planejado para ser o símbolo da ordem imprescindível ao progresso do Estado. A associação da ordem com a desordem, da integração com a fragmentação, se contrapõe aos discursos disciplinadores erigidos a partir de um movimento que consolidou a imagem do Estado como o gestor racional do território brasileiro. Mas, construir uma nova cidade-capital, na segunda metade da década de 1950, em pleno Cerrado, exigiu um esforço sobre humano, que comprometeu as bases de um projeto executado em um ritmo avassalador. A decisão de manter os olhos voltados unicamente para os cronogramas das obras promoveu a impossibilidade de avaliações dos problemas produzidos no decorrer da materialização da nova capital, bem como de seu entorno.
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