O RIO, A PRAIA, A USINA E OS LUGARES DE MEMÓRIA

Autores

  • Lucas André da Luz Silva Dias Universidade Federal do Piauí

DOI:

https://doi.org/10.31668/rt.v12i2.14221

Resumo

O presente trabalho visa analisar os desarranjos afetivos proporcionados pelas crescentes construções de Usinas Hidrelétricas no Brasil, impulsionadas a partir de 1930; mais especificamente analisando o caso da Usina Hidrelétrica de Estreito, a partir dos lugares de memória. Entendendo as praias do Coqueiro e do Coco, em Filadélfia e Babaçulândia, interior do estado de Tocantins, como sendo lugares de memória atingidos a partir da implementação da UHE no ano de 2012, já que após a construção ambas as praias em sua origem natural desapareceram. Para isso, faremos no primeiro momento um percurso pelas políticas regulatórias do setor elétrico brasileiro e os rearranjos políticos ocorridos na área ao longo do século XX. Posteriormente destacaremos o papel da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) na construção, planejamento e legitimação desses grandes empreendimentos hidrelétricos. Por fim, fazendo uso de diálogo bibliográfico, faremos uma análise acerca dos lugares de memória modificados pela UHE de Estreito.

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Publicado

2023-12-01