DESENHANDO O CERRADO

RECURSO METODOLÓGICO APLICADO NO ENSINO FUNDAMENTAL II NA ESCOLA RURAL (POVOADO DE AZINÓPOLIS) EM PORANGATU / GO

Autores

  • Zuma Pereira da Silva Oliveira UEG - Universidade Estadual de Goiás
  • Vandervilson Alves Carneiro UEG - Universidade Estadual de Goiás
  • Ivan de Matos e Silva Júnior IFBA - Instituto Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.31668/rt.v12i2.14620

Palavras-chave:

Desenho; Ensino; Cerrado; Estudantes.

Resumo

Este artigo verifica, por meio do desenho, o conceito dos estudantes do 6º e 7º anos com idade média entre 10 e 14 anos do Ensino Fundamental II do Povoado de Azinópolis (Porangatu / GO) sobre o Bioma Cerrado. O objetivo é o de despertar o interesse nos/as estudantes pela conservação e preservação desse bioma, evidenciando a sua importância. Como estratégia metodológica, foi empregada abordagem qualitativa, quanto aos procedimentos, à pesquisa é bibliográfica. O recurso metodológico utilizado para esta pesquisa foi o desenho, com objetivo de verificar qual a concepção dos/as estudantes em relação ao Bioma Cerrado. A pesquisa resultou em duas etapas: primeira, os/as estudantes representaram o Cerrado com base espaço vivido lugar (pré-teste), e a segunda etapa, amparados (pós-teste). A pesquisa contou também com a execução do Projeto Cerrado, que colaborou para ampliar o aprendizado referente ao Cerrado. Na primeira etapa, os resultados das representações dos/as estudantes em relação ao Cerrado, foram bastante diversificados visto que levou em conta, o lugar de vivência. Na segunda etapa, os/as estudantes já amparados pelas informações representaram os elementos do Cerrado com características especificas, eliminando visões distorcidas. Diante disso, constatou-se que as informações proporcionadas a eles consistem em ferramentas primordiais para desenvolver uma consciência voltada para conservação, preservação e a valorização desse bioma.

Palavras-chave: Desenho; Ensino; Cerrado; Estudantes.

Biografia do Autor

  • Zuma Pereira da Silva Oliveira, UEG - Universidade Estadual de Goiás

    Especialista em Educação e Linguagens da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Porangatu, Campus Norte, Porangatu / GO

  • Vandervilson Alves Carneiro, UEG - Universidade Estadual de Goiás

    Docente do Curso de Especialização em Educação e Linguagens da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Porangatu, Campus Norte, Porangatu / GO

  • Ivan de Matos e Silva Júnior, IFBA - Instituto Federal da Bahia

    Docente do Curso de Licenciatura em Geografia do Instituto Federal da Bahia, Campus Salvador, Salvador / BA

Referências

AB’SÁBER, A. N. O domínio dos cerrados: introdução ao conhecimento. Revista do Serviço Público, v. 40, n. 4, p. 41-56, 2017.

ANDERSON, J. L.; ELLIS, J. P.; JONES, A. M. Understanding early elementary children‟s conceptual knowledge of plant structure and function through drawings. CBE Life Sciences Education, v. 13, n. 3, p. 375-386, 2014.

BEZERRA, R. G.; GOULART, L. S. A representação do bioma Cerrado em dois livros didáticos de biologia aprovados pelo PNLD 2012. Revista Lugares de Educação, Bananeiras (PB), v. 3, n. 7, p. 120-133, dez. 2013.

BIZERRIL, M. X. A.; FARIA, D. S. A escola e a conservação do Cerrado: uma análise no Ensino Fundamental do Distrito Federal. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 10, p. 19-31, jan./jun. 2003.

BLUMSCHEIN, P. et al. Model-based approaches to learning: using systems models and simulations to improve understanding and problem solving in complex domains. Rotterdam, Holanda: Brill, 2009.

CALLAI, H. C. A Geografia e a escola: muda a geografia? muda o ensino? Terra Livre, São Paulo, n. 16, p. 135-152, 1º sem. 2001.

COUTINHO, L. M. O conceito de Bioma. Acta Botanica Brasilica, v. 20, n. 1, p. 13-23, 2006.

DANISH, J. A.; PHELPS, D. Representational practices by the numbers: how kindergarten and first-grade students create, evaluate, and modify their science representations. International Journal of Science Education, v. 33, n. 15, p. 2069-2094, 2011.

DARRAS, B. La modélisation sémio cognitive a l‟épreuve des résultas des neurosciences: Le cas de la production des schémas graphiques. Recherches en Communication, n. 19, p. 175- 197, 2003.

DELSERIEYS, A. et al. Using drawingsto explore preschool children‟s ideas about shadow formation. Reviewof Science, Mathematics and ICT Education, v. 11, n. 1, p. 55-69, 2017.

DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 1992.

DINERSTEIN, E. et al. An ecoregion - based approachto protecting halfthe terrestrial realm. BioScience, v. 67, n. 6, p. 534-545, jun. 2017.

EDENS, K. M.; POTTER, E. Using descriptive drawings as a conceptual change strategy in elementary science. School Science and Mathematics, v. 103, n. 3, p. 135-144, 2010.

EDWARDS, B. Desenhando com o lado direito do cérebro. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.

FERNANDES, P. A.; PESSÔA, V. L. S. O cerrado e suas atividades impactantes: uma leitura sobre o garimpo, a mineração e a agricultura mecanizada. Revista Eletrônica de Geografia,

v. 3, n. 7, p. 19-37, out. 2011.

FERNÁNDEZ, B. G.; RUIZ-GALLARDO, J. R. Visual literacy in primary science: explorin ganatomy cross – section production skills. Journal of Science Education and Technology,

v. 26, n. 2, p. 161-174, 2017.

FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 2000.

FRIEDMAN, A. To “read” and “write” pictures in early childhood: multimodal visual literacy through Israeli children‟s digital photography. Journal of Children and Media, v. 12, n. 3,

p. 312-328, 2018.

GÉRARD, F. M.; ROEGIERS, X. Conceber e avaliar manuais escolares. Porto, Portugal: Porto, 1998.

GLYNN, S.; MUTH, K. D. Using drawing strategically: drawing activities make life science meaningful to third- and fourth-grade students. Science Children, v. 45, p. 48-51, 2008.

GOLDBERG, L. G.; YUNES, M. Â. M.; FREITAS, J. V. O desenho infantil na ótica da ecologia do desenvolvimento humano. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 1, p. 97-106, jan./abr. 2005.

GOMES, R. R.; FRIEDRICH, M. A contribuição dos jogos didáticos na aprendizagem de conteúdos de Ciências e Biologia. In: Associação Brasileira de Ensino de Biologia, 1., Rio de Janeiro, 2001. Anais [...], Rio de Janeiro, 2001.

GOODLAND, R. A physiognomic analysis of the „Cerrado‟ vegetation of central Brazil.

Journal of Ecology, v. 59, n. 2, p. 411-419, jul. 1971.

KIYOKAWA, S.; KURA, Y.; UESAKA, Y.; MANALO, E. Does construction of diagrams deepen understanding by raising awareness of insufficiency in learning. In: VRIES, E.; SCHEITER, K. (Eds). Staging knowledge and experience: howto take advantage of representational technologies in education and training. Grenoble: Laboratoire des Sciences de l’Education, Université Pierre-Mendès-France, 2012.

KLINK, C. A.; MACHADO, R. B. A conservação do Cerrado brasileiro. Mega diversidade,

v. 1, n. 1, p. 147-155, jul. 2005.

LATRUBESSE, E. M. et al. Fostering water resource governance and conservation in the Brazilian Cerrado biome. Conservation Science and Practice, v. 1, n. 9, p. e77, 2019.

LOPATOVSKA, I. et al. Not just a pretty picture: visual literacy education through art for young children. Journal of Documentation, v. 72, n. 6, p. 1197-1122, 2016.

MONTENEGRO, G. A. A Invenção do Projeto: a criatividade aplicada ao desenho industrial, arquitetura, comunicação visual. São Paulo: Edgard Blücher, 2004.

MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 12. ed. Campinas, SP: Papirus, 2006.

MOURA, J. C.; PORTO, M. D.; CUNHA, H. F. O uso de desenhos para verificar a aprendizagem de estudantes sobre o Cerrado. Experiências em Ensino de Ciências, v. 13, n. 3, p. 86-95, 2018.

NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL. Cerrado. 2019. Disponível em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/natgeo-ilustra/cerrado. Acesso em: 22 out. 2022.

PREPARA ENEM. Cerrado. 2019. Disponível em: https://www.preparaenem.com/geografia/cerrado.htm. Acesso em: 20 out. 2022.

RATTER, J.A.; RIBEIRO, J.F.; BRIDGEWATER, S. The Brazilian Cerrado vegetation and Threats to its Biodiversity. Annals of Botany, v. 80, p. 223-230, 1997.

RIBEIRO, J. F.; WALTER, B. M. T. Fitofisionomias do bioma cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P. (Eds.). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina, DF: EMBRAPA-CPAC, 1998. p. 89-166.

SAITO, C. H.; BASTOS, F. da P.; ABEGG, I. Teorias-guia educacionais da produção dos materiais didáticos para a transversalidade curricular do meio ambiente do MMA. Revista Iberoamericana de Educação, v. 45, n. 2, p. 1-10, 2008.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4 edição. São Paulo: Edusp, 2003.

SILVA, C. E. M. O cerrado em disputa: apropriação global e resistências locais. Brasília: Confea, 2009.

SILVA, M. M. P.; LEITE, V. D. Estratégias para realização de educação ambiental em escolas do ensino fundamental. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 10, p. 372-392, jan./jun. 2008.

SIQUEIRA, D. C. B.; SILVA, M. A. A representação do cerrado nos livros didáticos na rede pública do estado de Goiás. Educativa, v. 15, n. 1, p. 131-142, 2012.

TRUJILLO, G.; TANNER, K. D. Considering the role of affect in learning: monitoring students‟ self-efficacy, sense of belonging, and science identity. CBE Life Sciences

Downloads

Publicado

2023-12-01

Edição

v. 12 n. 2 (2023): Revista Territorial

Seção

Artigos

Licença

Esta revista eletrônica oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público, contribuindo assim para a democratização do conhecimento.