PERMEABILIDADE INTESTINAL EX VIVO DE DERIVADOS HALOGENADOS DA DELAVIRDINA APÓS SEPARAÇÃO ISOMÉRICA POR HPLC-DAD

Autores

  • Lais Silva
  • Antônio Machado
  • Rúbia Machado
  • Ricardo Menegatti
  • Kênnia Rezende

Resumo

Introdução e objetivos: A delavirdina é um fármaco pertencente à classe dos inibidores não-nucleotídeos da transcriptase reversa utilizados contra o vírus HIV1. Assim como os demais fármacos pertencentes à mesma classe (efavirenz e nevirapina), esta apresenta baixo efeito terapêutico e elevados efeitos adversos, sendo pouco utilizada nos dias de hoje2. Neste contexto, a permeabilidade intestinal de sete análogos da delavirdina foi avaliada e um método analítico por HPLC-DAD validado para quantificação das amostras. Metodologia: Análogos halogenados fluorados (LQFM160, 161 e 162) clorados (LQFM152 e 153) e bromados (LQFM154 e 155) foram sintetizados no Laboratório de Química Farmacêutica Medicinal da UFG. A separação foi realizada em coluna X-Terra C18 por meio de uma mistura de THF:ACN:MeOH:γCD 0,001M (10: 10: 20: 60) a 45°C, 0,5mL/min e detecção em 262nm. Em seguida, o método foi aplicado aos estudos de permeabilidade por meio da técnica MTS-Snapwell3. Resultados e discussões: O método mostrou-se seletivo, com resposta linear entre 0,5-25μg/mL (R2=0,999) e limite de quantificação adequado (0,5μg/mL). A precisão e exatidão intra-dia (DPR% e EPR%) foram menores do que 4,65% e 4,86%, respectivamente, para os três níveis de concentração testados (0,5; 5,0 e 25μg/mL). Os resultados de permeabilidade aparente (Pappx10-6 cm/s) foram calculados para cinco dos análogos: LQFM160 (92,3±5,09; n=2), LQFM161 (79,5±9,77; n=3), LQFM162 (86,3±9,62; n=2), LQFM152 (64,6±10,18; n=7) e LQFM153 (151,0±29,46; n=5). Estes dados indicam que os análogos apresentam alta permeabilidade comparada ao efavirenz (Papp Caco-2=12,7x10-6 cm/s) com propriedades físico-químicas (Log P, M.M. e solubilidade) semelhantes à delavirdina. Conclusões: As condições cromatográficas validadas evidenciam a separação dos análogos com precisão e exatidão para amostras de permeabilidade ex vivo. Agradecimentos: ao CNPq; à CAPES e à UFG.

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Publicado

2015-06-10

Edição

Seção

Química Analítica e Controle de Qualidade