ENCAIXOTANDO A LÍNGUA PORTUGUESA: FRAGMENTAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE EM DISCIPLINAS DE GRAMÁTICA, LITERATURA E REDAÇÃO
Resumo
Esta pesquisa foi motivada pela percepção sobre a segmentação do ensino de língua portuguesa em disciplinas, que acontece como abordagem generalizada na maioria das aulas do ensino médio e foi observada também numa escola militar em Inhumas (Goiás). A metodologia/abordagem baseia-se numa pesquisa qualitativa realizada pela seguinte coleta de dados: horário de aulas de língua portuguesa e um dos relatórios parciais da semirregência realizada na escola pelos alunos do 4º ano de Letras da UEG (Câmpus Inhumas). Como resultados, observamos o descompasso entre a prática fragmentada de ensino de língua portuguesa e as recomendações epistemológicas. Como conclusões, percebemos que o sistema escolar cerceia o estímulo às percepções dos múltiplos efeitos de sentido propiciados pela materialidade textual, pois este nível de análise linguística tem se restringido à mera constatação fraseológica de nomenclaturas dos termos de orações e frases. Nas aulas observadas, é perceptível o desinteresse e a alienação dos alunos nas aulas de língua portuguesa, pois a análise crítica é desestimulada em favor da orientação mnemônica de dados gramaticais, sem autonomia crítico-reflexiva. As variantes linguísticas devem ser abordadas por meio de múltiplos gêneros textuais e devem ser evitadas as aulas fragmentadas de Língua Portuguesa, que valorizam a gramática normativa e obliteram o letramento e a formação cidadã pela diversidade da manifestação linguística em múltiplos sistemas semióticos.
Palavras-chave: Língua Portuguesa. Análise Linguística. Fragmentação. Gramática.
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