PIGMALIÃO REVISITADO: A CONSTRUÇÃO DO SER AMADO EM “A MULHER RAMADA”, “A MOÇA TECELÔ E “VERDADEIRA ESTÓRIA DE UM AMOR ARDENTE”, DE MARINA COLASANTI
Resumo
A cultura grega nos legou um dos mitos mais intrigantes da mitologia: o de Pigmalião, um rei escultor, que modelou a estátua daquela que seria a mulher perfeita e se apaixonou por ela. Na impossibilidade de concretização desse amor, rogou a deusa Afrodite que desse vida à estátua. A divindade atendeu a súplica de Pigmalião, concretizando, assim, o desejo deste de possuir sua amada. Nos contos “A mulher ramada”, “A moça tecelã” e “Verdadeira estória de um amor ardente”, de Marina Colasanti, tal mito é retomado e reatualizado, recuperando o arquétipo da criação que ganha vida conforme enseja o amor do criador. Contudo, observa-se, no mito e nos contos, uma reificação da/o amada/o em objeto de culto ou de amor. Essa coisificação delineada na relação entre os personagens desvela a objetificação das relações amorosas e a desconstrução de um subjetivismo tradicional entre amantes, no qual haveria uma mútua e positiva resposta de ambos. Diante do exposto, pretendemos evidenciar a idealização e a objetificação amorosas na construção do ser amado, a partir dos contos referidos. Para tanto, embasaremos em Chevalier e Gheerbrant (2007); Franca (2003); Franca, Souza, Dias e Farias (2009), Oliveira e Franca (2009), Passos (2008), Silva (2003), dentre outros.Downloads
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