A DEMONIZAÇÃO DA MULHER: UMA ANÁLISE DA PERSONAGEM MARGARIDA NA OBRA O SEMINARISTA

Autores

  • Veralúcia Pinheiro Universidade Estadual de Goiás, Goiás
  • Rosenilda Rodrigues da Silva Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte - Goiás
  • Roseli Martins Tristão Maciel Universidade Estadual de Goiás

Palavras-chave:

Demonização. Mito. Mulher

Resumo

Inserido na estética romântica, Bernardo Guimarães em 1872 publica pela primeira vez a obra O Seminarista, sobre a trágica história de amor entre Eugênio e Margarida, no interior de Minas Gerais. Neste artigo, nosso objetivo é analisar o processo de demonização da mulher construído por meio de argumentos místicos sobre Margarida, personagem central da obra. Esta, quando criança, em um breve descuido dos adultos brinca com uma cobra que se enrosca em seu corpo, sem, no entanto, agredi-la. É este o elemento desencadeador da representação demoníaca de Margarida que, no imaginário popular da época, ao brincar com a cobra, teria se identificado com o animal. A elaboração do estereótipo feminino na literatura, desde a Antiguidade, traz em seu bojo características que são interiorizados pela sociedade.

Biografia do Autor

  • Veralúcia Pinheiro, Universidade Estadual de Goiás, Goiás
    Doutora em Educação pela Unicamp/SP, docente na graduação no Câmpus de Ciências Socioeconômicas e Humanas de Anápolis e no Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias – PPG/IELT – Universidade Estadual de Goiás – UEG.
  • Rosenilda Rodrigues da Silva, Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte - Goiás
    Especialista em Linguagens e Educação Escolar, professora da Rede Estadual de Ensino - Anápolis-GO
  • Roseli Martins Tristão Maciel, Universidade Estadual de Goiás
    Doutora em Políticas Públicas, professora do curso de História - Campus de Ciencias Socioeconômicas e Humanas - CCSEH - Anápolis

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Publicado

2018-05-21

Edição

Seção

Tema livre