A GEOPOLÍTICA DA ENERGIA E A CONSOLIDAÇÃO DO PETRÓLEO COMO INSTRUMENTO DE PODER

Resumo

A geopolítica da energia, particularmente em torno dos combustíveis fósseis, tem desempenhado um papel central nas relações internacionais a partir da segunda metade do século XIX. Petróleo, gás natural e carvão são as principais fontes de energia que impulsionam a economia global, e o controle sobre sua produção e distribuição impacta diretamente até hoje a política e a segurança globais. Partindo dessa premissa, o objetivo geral aqui é caracterizar a consolidação da geopolítica da energia dos combustíveis fósseis, principalmente, do petróleo no mercado mundial. A metodologia utilizada pauta-se na análise de dados de órgãos como a Empresa de Pesquisa Energética, Agência Nacional de Energia Elétrica, o Ministério de Minas e Energia; e autores como, Castilho (2014), EPE (2024), MAXIR (2016), Abrão (2022), Duarte (2021), que discutem a temática. Como resultado, fica evidenciado o papel de organizações como a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) no controle da oferta e do preço do petróleo no mercado global, afetando o desenvolvimento de economias dependentes da importação de energia. O que desencadeia uma competição por novas tecnologias, recursos minerais e o controle de mercados emergentes de energia limpa se tornará um novo capítulo na geopolítica global, modificando o atual cenário dominado pelos combustíveis fósseis.