A REPRESENTAÇÃO DAS MULHERES NEGRAS NO MERCADO DE TRABALHO NAS CIDADES BRASILEIRAS NO SÉCULO XIX

Autores

  • Madalena Dias Freitas
  • Elizangela Vilela de Almeida Souza

Palavras-chave:

Representação, Vendedoras, Espaço

Resumo

O presente artigo desenvolve uma leitura sobre a representação das mulheres negras nos espaços públicos de cidades brasileiras no século XIX, ressaltando as atividades exercidas pelas mulheres escravas, pobres, forras e livres no mercado de trabalho urbano, que sobreviviam atuando em diversas profissões como lavadeiras, quitandeiras, vendedoras, amas-de-leite, engomadeiras e cozinheiras. Mencionando aquelas que fazem parte dos trabalhos domésticos, algumas livres, algumas escravas e outras escravas de aluguel. Concluímos que, nas atividades de escravas de aluguel essas mulheres eram exploradas por seus senhores que obtinham uma renda significante.  Estabelecemos, portanto, uma discussão à cerca do papel das amas-de-leite de aluguel, personagens importantes na cultura urbana do período, pois, além da atividade de amamentação, elas se alternavam em atividades domésticas como mucamas e vendedoras. Fazemos ainda uma discussão sobre a relação de afetividade estabelecida entre criança e a ama-de-leite, provocando certa influência no processo de aprendizagem e na formação cultural das crianças brancas que assimilaram tanto a linguagem como variados costumes e hábitos africanos. Nesse contexto, esse trabalho destaca ainda a presença das mulheres negras nas ruas das principais cidades brasileiras, evidenciando estas vendedoras com seus tabuleiros de quitutes, ocupando becos e travessas, dividindo o espaço do comércio de rua com outros negros escravos e livres.

Biografia do Autor

  • Madalena Dias Freitas
    Professora da  UEG Unidade de Ipora e aluna do Mestrado de Hisrória da PUG-Go.

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Publicado

2012-03-09

Edição

Seção

Humanidades