PATRIMÔNIO HISTÓRICO
A PRODUÇÃO DO HABITUS NA UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NA CULTURA DOS REMANESCENTES QUILOMBOLAS DE MINAÇU (GO)
Resumo
O presente artigo trata da utilização de plantas medicinais pelas comunidades remanescentes de Quilombo, uma formulação guiada pelos conceitos de patrimônios materiais e imateriais, sendo definido e reconhecido com base na cultura quilombola. Sob o título de “Patrimônio histórico: a produção do habitus na utilização da cultura de Plantas Medicinais dos remanescentes Quilombolas de Minaçu-Go”, aborda aspectos históricos e socioculturais desse grupo, sob a ótica do mito e do habitus, caracterizando a compreensão de seu ritual e a importância como fins medicinais. Pretende-se, portanto, a referida pesquisa caracterizar os principais comportamentos e práticas do grupo que utilizam plantas típicas da região para cuidados com a saúde, plantas essas que se classificam como habitus, a partir da compreensão e definição de Pierre Bourdieu. Comportamentos que se fundamentam nos mitos que sustentam e protegem a comunidade, formadores e conservadores de habitus e identidades. Metodologicamente vale-se da referência de teóricos pesquisadores do assunto e coleta de relatos. Desse modo fundamenta-se em autores como: ALBERTI (2004); BONNEWITZ (2003); (BRASIL, 2015); pesquisadores como DEVIENNE et al (2004); (SOUZA-MOREIRA et al, 2010) entre outros. Conclui-se que o habitus se apresenta, de forma resumida, como “um sistema de disposições duradouras adquiridas pelo homem durante o processo de socialização”. E percebe-se que as práticas expressadas na utilização das plantas medicinais, bem como sua utilização pela comunidade remanescentes Quilombola, demonstram a riqueza culturalmente construída dentro do campo social.
