O FEMININO COMO RESISTÊNCIA NA OBRA DESONRA DE COETZEE (2000)

Autores

  • Ruane Maciel Kaminski Alves
  • Ximena Antonia Díaz Merino UNIOESTE

Palavras-chave:

pós-colonialismo, literatura, identidade, alteridade, África do Sul

Resumo

Este trabalho tem como proposta a análise do romance sul-africano Disgrace de J. M. Coetzee (1999), traduzido para o português como Desonra (2000), por José Rubens Siqueira, pela editora Companhia das Letras. O livro aborda as relações humanas no contexto pós-apartheid, no qual o homem branco representa uma figura deslocada na sociedade contemporânea e, na contraposição da história, também a mulher branca violentada pelo homem negro, que inicia um processo de retomada da terra e dos bens que lhe foram tomados. Estudou-se a obra, verificando em que medida a narrativa aborda o contexto histórico e social sobre o qual ancora o tema. Paralelo às pesquisas pós-coloniais, o feminismo e a imagem da mulher também se desenvolvem em trabalhos que buscam o rompimento com a sociedade tradicional patriarcal, como demonstra a inversão das estruturas coloniais. A reconstrução do cânone literário que, de acordo com Bonnici (2000), dá-se pelo “[...] questionamento dos princípios básicos dos sistemas dominantes da linguagem e do pensamento” (BONNICI, 2000, p.155). Devido ao modo como o tema é tratado em Desonra, foi investigado como aparecem noções sobre identidade, alteridade e resistência na literatura e cultura, a partir de estudos de Homi Bhabha (2005), Stuart Hall (2003), Alfredo Bosi (2002), Thomas Bonnici (2009), entre outros. 

Biografia do Autor

  • Ruane Maciel Kaminski Alves
    Graduada em História pela Universidade Estadual de Londrina, mestranda do Programa de Pós-graduação em Letras Strictu-Senso Literatura e Sociedade da UNIOESTE/Cvel.

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Publicado

2016-01-30

Edição

Seção

ARTIGO ACADÊMICO

Como Citar

O FEMININO COMO RESISTÊNCIA NA OBRA DESONRA DE COETZEE (2000). Revista Temporis[ação] (ISSN 2317-5516), [S. l.], v. 15, n. 2, p. 150–164, 2016. Disponível em: //www.srvojs.ueg.br/index.php/temporisacao/article/view/3264.. Acesso em: 15 ago. 2025.