O DIÁLOGO ENTRE A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E O ENSINO DE HISTÓRIA
RELATO SOBRE UMA AULA DE CAMPO NA CIDADE DE TEIXEIRA DE FREITAS, BAHIA
Resumo
O texto é um relato de experiência de atividades desenvolvidas junto à turma do nono semestre de História (UNEB/campus X) no ano de 2018, durante as aulas do componente curricular “Cultura Documental e Patrimonial I”. Iniciamos com pesquisas sobre patrimônios materiais e imateriais da cidade de Teixeira de Freitas, BA, debatendo os conceitos, ao mesmo passo que reconhecíamos os patrimônios locais, questionando a ressonância dos mesmos, o pertencimento as comunidades e a memória social, segundo a interpretação de José Reginaldo Gonçalves (2005), Peter Burke (2006), e Olgário Vogt (2009). Os estudantes pesquisaram na bibliografia pertinente, inclusive utilizando o acervo de monografias do curso de História, como também foram a campo para entrevistar moradores que ocupam e modificam a cidade no seu cotidiano. Assim, a metodologia da história oral foi imprescindível para reconstituição de narrativas que evidenciam a importância dos patrimônios mapeados pelos estudantes. O resultado das pesquisas elaboradas foi apresentado em uma aula de campo denominada “Cidade e patrimônio: percorrendo Teixeira de Freitas”, onde visitamos os seguintes patrimônios: A Biquinha; A Praça do Belo; O Memorial da Rodoviária Nova; e a Feira de Domingo do bairro São Lourenço. Durante a aula de campo utilizamos as estratégias da educação patrimonial descritas por Evelina Grumberg (2007), que compreenderam: observação, registro, exploração e apropriação dos patrimônios citados. A narrativa textual intercala a importância do diálogo entre a educação patrimonial e o ensino de história com ênfase na história local sob a perspectiva de Raphael Samuel (1990) e Selva Guimarães Fonseca (2006). Como também debate a ressonância dos patrimônios junto às comunidades que os vivenciam, e de forma inversa, a memória social enquadrada pelo poder público e os agentes privados.
