PENSANDO A HISTÓRIA MOÇAMBICANA

EXPERIÊNCIAS DE DESLOCAMENTO E REPRESENTAÇÕES LITERÁRIAS

Autores

  • Fernanda Bianca Gonçalves GALLO Unicamp

Resumo

O presente artigo indica a possibilidade de se pensar a história de Moçambique através das dinâmicas de deslocamento na província central de Tete, enfocando em dois principais elementos: O romance As duas sombras do rio (2003) do historiador e ficcionista moçambicano João Paulo Borges Coelho e as trajetórias de vida da Senhora Amélia (vila de Songo) e do Senhor Francisco (vila do Zóbuè) entrevistados durante pesquisa de campo, somado a algumas fontes documentais. Argumenta-se que o diálogo entre as trajetórias de vida e o romance (que também apresenta personagens reais) indica que apesar da persistência dos deslocamentos forçados resultantes da guerra de libertação (1964-1974), da guerra civil (1976-1992), dos projetos políticos de reordenamento (aldeamentos coloniais, aldeias comunais e os atuais reassentamentos) parte da população de Tete se deslocou por conta própria motivada por situações diversas, incluindo religião e espiritualidade, conforme aponta este texto.

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Publicado

2020-04-13

Edição

Seção

DOSSIÊ AFRICANIDADES BRASILEIRAS

Como Citar

PENSANDO A HISTÓRIA MOÇAMBICANA: EXPERIÊNCIAS DE DESLOCAMENTO E REPRESENTAÇÕES LITERÁRIAS. Revista Temporis[ação] (ISSN 2317-5516), [S. l.], v. 19, n. 2, p. 20, 2020. Disponível em: //www.srvojs.ueg.br/index.php/temporisacao/article/view/9088.. Acesso em: 15 ago. 2025.