O PARQUE INDÍGENA DO XINGU E ADJACÊNCIAS: Artes, Culturas e Domínios Fitogeográficos em confluência

Autores

  • Poliene Soares Santos Bicalho Universidade Estadual de Goiás - Anápolis
  • Adriana Aparecida Da Silva Universidade Estadual de Goiás - Anápolis
  • Kaio André dos Santos Cordeiro Universidade Estadual de Goiás - Anápolis
  • João Maurício Fernandes de Souza
  • Josana de Castro Peixoto Universidade Evangélica de Anápolis

DOI:

https://doi.org/10.31668/rt.v11i2.13711

Resumo

Esta pesquisa objetiva identificar as áreas de disjunção entre os domínios fitogeográficos Amazônico e Cerrado, bem como as fitofisionomias características deste último presentes na região do Parque Indígena do Xingu (PIX), tendo em vista o mapeamento e a análise dos povos indígenas que nele vivem, e também em suas adjacências, com foco em suas artes e culturas mais expressivas na atualidade. Acreditase que estes povos podem apresentar semelhanças, quanto à cultura material, com outros povos do Cerrado; é o que se pretende averiguar enquanto hipótese de trabalho; além dequestionar a ideia de homogeneidade cultural entre as onze etnias que vivem atualmente no Alto Xingu. Os eixos norteadores deste estudo possibilitaram o conhecimento e a análise da obra Karl von den Steinen. Um século de antropologia no Xingu, organizado por Vera Penteado Coelho (1993), que disponibiliza vários estudos sobre o PIX, seus povos, culturas, artes e territórios. A partir de um diálogo profícuo entre a História, a Geografia, a Biologia e a Antropologia, buscou-se melhor situar as regiões de domínios de Cerrados no interior do Parque, através de pesquisa cartográfica e documental. A evidente separação florística das florestas da região amazônica, do Cerrado e aquelas situadas na região de tensão ecológica mostra que a distância geográfica e a heterogeneidade ambiental atuam sobre a distribuição das espécies ao longo dos trechos florestais destas paisagens. O fato de onze povos distintos, no Alto Xingu, e outros cinco, localizados no Baixo e Médio Xingu, e que ao todo comportam as dezesseis etnias do Parque Indígena do Xingu, estarem dividindo o mesmo território, estabelecerem trocas culturais recorrentemente e terem, ao longo do tempo, apreendido a fazer coisas similarmente às que outros grupos desse mesmo aglomerado fazem, não
significa que determinadas diferenças não tenham permanecido, isto é, embora existam semelhanças culturais entre eles, não se pode pensar em ausência de diferenças e em homogeneidade cultural absoluta.  

Referências

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Publicado

2023-02-02

Edição

Seção

Artigos