Trabalhadores construtores das cidades-capitais planejadas no cerrado: de sujeitos não desejados à sujeitos desviantes
Palavras-chave:
Goiânia, Brasília e Palmas, Sujeitos não desejados, Práticas socioculturais, Sujeitos desviantes.Resumo
O artigo tem como objetivo evidenciar como o movimento de espacialização dos trabalhadores construtores de Goiânia, Brasília e Palmas os tornaram os principais sujeitos desviantes do processo inicial de construção das cidades-capitais projetadas no Cerrado. Para isso partimos da argumentação que, apesar de comungar com as análises socioespaciais que partem dos preceitos que essas cidades-capitais foram geridas pelo e para o capital, entendemos que eles são insuficientes para compreender a formação dos seus espaços urbanos. Uma vez que ao privilegiar o produto final da relação capital-trabalho, ignoram a luta dos sujeitos não desejados para se fixarem nesta cidade. Deste modo é que acrescentamos as relações e os seus significados simbólicos, políticos e sociais. Há um espaço vivido que não pode ser desconsiderado. É nele que se percebe como o movimento de espacialização dos sujeitos não desejados nos espaços planejados dessas cidades-capitais os tornam situação de sujeitos desviantes à lógica hegemônica do capital.
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