TEATRO ROMANO DE LISBOA: AS RUÍNAS E O SEU MUSEU OU COMO A ARQUEOLOGIA PROMOVE O DIÁLOGO EDUCACIONAL

Autores

  • Lídia FERNANDES Coordenadora do Museu do Teatro Romano de Lisboa (Câmara Municipal de Lisboa)

Palavras-chave:

teatro romano, museografia, museologia, património, arqueologia

Resumo

Analisa-se de que modo os museus que integram ruínas/estruturas arqueológicas podem promover a educação e o ensino de uma forma mais dinâmica e apelativa. O ponto de partida para esta análise é o Museu de Lisboa - Teatro Romano. Recentemente reaberto, após dois anos de encerramento, o programa de museologia desenvolvido procurou uma clara valência pedagógica. Não obstante este objectivo, procurou-se igualmente captar a atenção de todos os públicos, abrangendo a população ligada ao ensino mas, também, o público que possui menores conhecimentos sobre a história da cidade de Lisboa e a cultura romana.

A longa e extensa diacronia que este museu abarca obrigou a uma simplificação de alguns conteúdos ainda que tendo prevalecido, desde o início, a opção de o teatro romano da antiga cidade romana de Felicitas Iulia Olispo – a designação latina para a cidade de Lisboa – constituir o ponto de partida para o entendimento da evolução citadina, pelo menos no que respeita à área da cidade onde o teatro romano se implanta.

Alguns aspectos prevaleceram nesta transmissão de conhecimento, como será explicitado, tendo sido privilegiados os aspectos espaciais de integração do monumento cénico na cidade antiga e na cidade actual. Este elo condutor, que é fornecido pelas ruínas arqueológicas, permite visualizá-las e entendê-las como fonte de informação, isto é, olhando as ruínas como sendo, elas próprias, um objecto expositivo e museográfico.

Biografia do Autor

  • Lídia FERNANDES, Coordenadora do Museu do Teatro Romano de Lisboa (Câmara Municipal de Lisboa)
    Licenciada em História Variante Arqueologia pela Universidade de Coimbra. Curso de Especialização "Arquitectura e Urbanismos Romanos" da Universidade Lusíada. Frequência Pós-Graduação em Arqueologia pela Universidade Autónoma de Lisboa. Mestrado em História de Arte Universidade Nova de Lisboa (FCSH). Desde 1989 desempenha funções como arqueóloga na Câmara Municipal de Lisboa, desenvolvendo actividade científica nas áreas de Arqueologia, História e História da Arte. Desde 2009 é Coordenadora do Museu do Teatro Romano, sendo a responsável científica das intervenções arqueológicas no local desde 2001. Realizou múltiplas escavações na cidade e por todo o país, dedicando-se também ao projecto de investigação História dos Jogos em Portugal, (Projecto da FCT) e, desde 1995, ao projecto de investigação sobre capitéis romanos em território nacional, área de especialização. Participou em múltiplas reuniões científicas tendo publicado inúmeros artigos sobre temas de arquitectura e decoração arquitectónica de época romana, jogos de tabuleiro, arqueologia urbana e sobre várias estações arqueológicas. Arqueóloga dos Museus Municipais (C.M.L). Coordenadora do Museu do Teatro Romano

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Publicado

2017-07-13

Edição

Seção

DOSSIÊ PRÁTICA ARQUEOLÓGICA E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

Como Citar

TEATRO ROMANO DE LISBOA: AS RUÍNAS E O SEU MUSEU OU COMO A ARQUEOLOGIA PROMOVE O DIÁLOGO EDUCACIONAL. Revista Temporis[ação] (ISSN 2317-5516), [S. l.], v. 17, n. 1, p. 88–120, 2017. Disponível em: //www.srvojs.ueg.br/index.php/temporisacao/article/view/5900.. Acesso em: 15 ago. 2025.