TEATRO ROMANO DE LISBOA: AS RUÍNAS E O SEU MUSEU OU COMO A ARQUEOLOGIA PROMOVE O DIÁLOGO EDUCACIONAL
Palavras-chave:
teatro romano, museografia, museologia, património, arqueologiaResumo
Analisa-se de que modo os museus que integram ruínas/estruturas arqueológicas podem promover a educação e o ensino de uma forma mais dinâmica e apelativa. O ponto de partida para esta análise é o Museu de Lisboa - Teatro Romano. Recentemente reaberto, após dois anos de encerramento, o programa de museologia desenvolvido procurou uma clara valência pedagógica. Não obstante este objectivo, procurou-se igualmente captar a atenção de todos os públicos, abrangendo a população ligada ao ensino mas, também, o público que possui menores conhecimentos sobre a história da cidade de Lisboa e a cultura romana.
A longa e extensa diacronia que este museu abarca obrigou a uma simplificação de alguns conteúdos ainda que tendo prevalecido, desde o início, a opção de o teatro romano da antiga cidade romana de Felicitas Iulia Olispo – a designação latina para a cidade de Lisboa – constituir o ponto de partida para o entendimento da evolução citadina, pelo menos no que respeita à área da cidade onde o teatro romano se implanta.
Alguns aspectos prevaleceram nesta transmissão de conhecimento, como será explicitado, tendo sido privilegiados os aspectos espaciais de integração do monumento cénico na cidade antiga e na cidade actual. Este elo condutor, que é fornecido pelas ruínas arqueológicas, permite visualizá-las e entendê-las como fonte de informação, isto é, olhando as ruínas como sendo, elas próprias, um objecto expositivo e museográfico.